segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Sobre a tal "química"

Tentei me conformar com o pouco que me ofereceram. Tentei com todas as minhas forças. Luta ferrenha das "brabas" comigo mesma para aceitar a imensa generosidade que diziam haver no pouco que me cabia. Não consegui. Há quem diga que meu ego me impediu. (Vai saber? O tempo me dirá.) Há quem diga que isso é natural, pois a "química do muito nos relacionamentos" não se determina pelo tanto que eles possam sacudir o nosso baixo-ventre. Isso é SÓ sexo, aqueles dois minutinhos de cócegas no clitóris, possíveis de serem alcançados com êxito mesmo sozinha ou até com estranhos. A "química dos relacionamentos" está na Reciprocidade que se apresenta, seja positiva ou não, em todas as esferas da vida. É possível o sexo sem orgasmo e também o sexo sem química, mas não há como existir relacionamento sem Reciprocidade. Para mim, que sou alguém que ama de forma explícita, declarativa, sem segredos, que não me envergonho de nada que me faz bem e que, por isso, não necessito manter nada escondido dos meus amores; é fria total tentar amar quem não consegue, de forma alguma, dissociar desejo sexual de desejo de intimidade na vida. Quando minha memória me liga ao pouco perdido, recorro à lembrança dos enormes desconfortos que esse "desencontro" de visão me traz, sempre que insisto nos meus equívocos. Daí, o que me cura é a aproximação com quem me oferece, com naturalidade, a tal Reciprocidade que há muito além dos orgasmos. A isso eu chamo "química".

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